sexta-feira, 2 de maio de 2008







Vou começar meu texto de hoje pedindo desculpas. Deveria ter escrito um texto na terça-feira, mas tive problemas e não pude estar por aqui. Escrevo hoje, então. Na próxima terça estarei novamente aqui, se a deusa Fortuna me permitir. Poderia ter postado isso no final, mas eu prefiro começar desta forma e tenho meus motivos.

O primeiro deles é que eu assumo minhas responsabilidades. Mesmo não ganhando pra isso, eu tenho responsabilidade para com os leitores deste blog. Muitos podem ignorar sumariamente o que eu escrevo. É até natural, tendo em vista que eu costumo escrever muito. Mas o fato de alguns não gostarem e outros ignorarem não faz com que eu não tenha tal obrigação. Obrigação esta de pedir desculpas inclusive a eles. Pois são as pessoas que acompanham o Blog que fazem dele o que é. É por estas pessoas que faz sentido a sua existência.

O segundo é que eu não me sentiria bem caso não admitisse meus erros de cara. Acho que quando se tem caráter, esta é a primeira coisa que se deve fazer. Sem orgulho. Sem vaidade. Nada de jogar a culpa e responsabilidade pra cima dos outros. Não importa aos outros os problemas que fizeram com que eu não estivesse aqui. Era meu compromisso. Só posso, assim, pedir desculpas. Melhor isso do que contar uma história triste e fingir que está tudo bem.

O terceiro é porque eu gosto de estar aqui. Gosto de escrever sobre futebol. Sempre tive essa paixão pelo esporte desde garotinho. Assistia às partidas pela TV, fossem elas do campeonato brasileiro ou japonês. Jogava futebol de botão. Jogava futebol no vídeo-game (que não era nem de longe tão bonito e sofisticado como os jogos dos dias de hoje). Jogava na rua, com bola ou com pinhas (no sul de Minas tem pinhas, soltas das araucárias). Jogava no clube, na escola, na casa dos amigos. O futebol foi parte importante na minha infância. Com certeza é parte responsável pelo homem que me tornei. E é muito bom poder falar sobre futebol. Mas, mais do que isso, é irresistível falar do clube que amo: o Atlético.

Engraçado que, mais do que a demissão do Geninho depois da derrota de domingo, acachapante, desnorteante, vergonhosa, eu esperava um pedido de desculpas dos comandantes do clube. Do diretor de futebol, do presidente, do técnico (ex-técnico, eu tinha esperanças). Era o mínimo. Pois eles são os responsáveis por tudo que ocorre em campo. São os líderes que devem assumir a culpa pelos problemas de seus liderados. Isso na esfera política, na esfera administrativa, na esfera universitária e em todas as demais esferas do cotidiano. Assim como as glórias a eles cabem, são nesses momentos que eles se fazem tão necessários. E esse pedido de desculpas não aconteceu. Aconteceu, sim, uma série de desculpas esfarrapadas tentando justificar o injustificável. Um presidente “destrambelhado” querendo entrar na justiça contra a torcida revoltada. Ele esperava o que? Uma salva de palmas pela contratação do pior técnico brasileiro em atividade em um grande clube no país? Outra salva de palmas pela sua manutenção depois da pior derrota que o Galo sofreu diante do rival nestes 100 anos de história?

Fiquei me perguntando quem estaria vivendo num conto de fadas.

Talvez eu, por não acreditar neste time, não enxergar que esse trabalho ainda possa dar frutos e ter visto o Galo jogar novamente nesta quarta-feira de forma sofrida, quase sem conseguir vencer o Náutico – time que jogará o Brasileiro deste ano contra o descenso e sem almejar nada mais que isso, só conseguindo tal vitória com o apoio da torcida, numa jogada de linha de fundo com a conclusão do melhor jogador do time até agora. Onde o Galo espera chegar jogando este futebol?

Bom, a segunda opção é que o presidente e o técnico vivam neste mundo encantado, onde uma derrota por 5 gols de diferença é natural e que o placar poderá ser revertido perfeitamente. Que o time vem bem, apesar das derrotas pra Social, Ipatinga, Guarani, Democrata, Náutico e Cruzeiro, além do empate contra o todo poderoso Nacional do Amazonas. Que o time vem numa crescente e que os títulos virão. Que a torcida é que não entende de futebol. Que esse amadorismo com que se dirige o futebol alvinegro só pode gerar frutos doces.

Eu esperava pra próxima segunda-feira o anúncio da volta de Levir. Ou da contratação de Paulo Autuori, Caio Jr ou Ney Franco. Esperava que o Galo fosse dirigido pelo Marcelo até lá. Esperanças vãs. Vamos sofrer mais tempo com o Geninho. Vamos perder mais tempo antes de nos prepararmos pro Brasileiro. Parece que o amor de Ziza pelo Geninho é como o de Ricardo pelo Tite. Tomara que esta novela não seja outro dramalhão mexicano.

Mas, pra não dizerem que sou apenas pessimista, quero crer que se o Galo não vencer e bem o Cruzeiro no Geninho, teremos um novo treinador pro Brasileiro. Quero e desejo MUITO isso. Só não quero isso mais do que desejo que o Galo reverta essa situação e vença por 6x0. Mas se eu acreditar nisso, que passará a viver numa terra onde os animais falam, cantam, dançam e jogam futebol. Algo entre as fábulas de Esopo e La Fontainne. Aliás, atribuem a Esopo uma fábula que tem esta moral: “O orgulho e a arrogância são o caminho mais curto para a ruína e o infortúnio”. Até a próxima terça-feira. E minhas mais sinceras desculpas. Pelo atraso e pelo tamanho do texto.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Photobucket

UMA TRISTEZA COERENTE

Quando confirmei escrever esta coluna, pensei em fugir um pouco do assunto “tática” do nosso time e me ater a assuntos variados do maior e mais amado clube do mundo, porém o que aconteceu no último domingo dia 27, foi tão trágico, que é impossível me furtar a tal assunto.

Aqueles que corriam em campo, não sabem “repito” não sabem a grandeza do Clube Atlético Mineiro. Jogaram sem alma e a limitação, que é visível, poderia ter sido esquecida, se esses atletas colocassem suas nádegas no campo e lutassem, mas isso não aconteceu. O que eu vi foram lágrimas, não só deste que escreve e que esteve presente no Gigante da Pampulha, mas de toda a nação alvinegra. O choro era de ódio, medo e indignação. Nota-se falta de comando, ação que demonstra a falta de qualidade no trabalho do nosso treinador. Esse fato, aliado a outros, fizeram uma massa maravilhosa sofrer. Fizeram a nação alvinegra, que é a mais vibrante, ir embora, como se fosse “chutado” de sua casa, não por aquela torcida de radinho azulada, que não teve a menor capacidade de calar os poucos heróis que permaneceram vendo a equipe sumir. Fomos mandados embora sim, mas pela falta de futebol, pela limitação técnica do time.

Se algo poderá ser tirado como positivo disso tudo, foi a tristeza coerente que vi ao sair do Mineirão. As pessoas estavam enlouquecidas, mas seguras nas opiniões. E mais do que isso, coerentes, pois assim como eu, todos viam a fragilidade do nosso time. E a luta continua e esperamos que o sofrimento acabe, mesmo que para isso mudanças radicais apareçam na estrutura do nosso clube.

Dá-lhe Galo !

segunda-feira, 28 de abril de 2008

W.O.

por Priscila Oliveira

Foi por W.O. que o Atlético perdeu a partida de ida da decisão do Mineiro, partida de domingo 27 de abril. Vamos encarar assim.

O 5 a 0 indigesto para os fregueses não se fez no jogo de ontem não. Esse placar elástico começou a se desenhar na sexta-feira com a declaração de Eugênio dizendo que o título seria definido no ultimo jogo. Ora, um técnico que vai para uma decisão de campeonato, em um estado que só tem dois times, pensando em decidir título na última partida, não pode ser sério. Acho que o pensamento dele já estava lá nos cofres da Gávea, se for isso, vá com Deus.

Seriedade! Faltou isso. Pelo menos 30 minutos antes do pontapé inicial os jogadores já faziam aquecimento forte no gramado. Mas não se enganem, não era aquele time de Levir, do ano passado, que já começava a ganhar o jogo no aquecimento. Eram os adversários gente. Ali, pra mim, foi o segundo passo da derrocada. Os nossos atletas entraram em campo pra decisão com menos de 8 minutos para o apito inicial do árbitro. Entraram e ficaram em campo por 10 minutos, depois subiram em um balão e sumiram. A defesa que era a melhor do Brasil, a menos vazada há três semanas, foi a primeira a sumir.

A Avenida Thiago Feltri ao passo que sobrecarregava o velho Marques, armava contra-ataques pra eles. A Avenida Gerson, pouco acionada no ataque alvinegro, mais na defensiva, entregou o ouro para o outro lado fazer a festa. Meio de campo. Tinha meio de campo? O jogador que nos carregou para essa decisão Danilinho foi aniquilado pela forte marcação. Marques idem. Como o time é muito previsível, bastou marcar esses dois jogadores.
Cobrar apenas seriedade de Eugénio parece ser muito.

O técnico coloca 3 zagueiros para jogar contra o Guarani de Divinópolis, mesmo com o Galo ja classificado dias atrás e vai para um jogo decisão com 2. No final do 1º tempo, quando já perdia por 3 a 0, ao invés de colocar mais um defensor e tentar organizar a zaga, ele parece ir para o tudo ou nada, coloca o Marcelo Nicácio, como se este jogo ja fosse a 2ª partida da decisão. Francamente, o pensamento dele não estava nesse clássico.

Na quarta-feira já tem outro jogo importantíssimo. A partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Náutico. O mínimo que consideração que essa torcida merecia era abrir os portões para que ela vá ao Mineirão na quarta. Mas, ninguém lá pensa na torcida não.

Saudações atleticanas e centenárias!!!

Confiram: http://cantodogalo.blog.terra.com.br/

Resenha

Eu era feliz com o LEVICE e náo sabia! A culpa é primeiramente de uma diretoria inexperiente e burra. O time ainda sente. Carece, pra começar, de um diretor sério, um diretor de pulso. Alguém que domine o elenco e saiba as carencias do time. Levir era o Técnico. Dae o Galo perde ele pro Japão, alegando falta de dinheiro. Arriscam o fraco Zetti e se vêem obrigados a ter que desembolsar uma grana pra trazer o Leão. Apesar de todo o medo, o time termina o brasileiráo a 5 pontos da Libertadores. Quando poderiamos apostar na continuidade, a diretoria contrata o FRAQUISSIMO E INCOMPETENTE Geninho. O homem que morreu em 2001 e esqueceram de enterrar. E começam as burradas no elenco. Os jogadores fracos. Gerson na lateral direta (ex volante do PARANA) é uma piada. Feltri a eterna revelação com dois pés direitos que não seria titular em nenhum outro time do Brasil.
Trouxeram um técnico que NINGUEM queria!Espero que haja uma revoluçao no Galo como houve no CEC ano passado após o primeiro jogo da final. PC Gusmão foi CAMPEÃO em 2004 com elas e caiu. Aqui o treinador tomou de 5 e continua, vai entender!
O Galo fez 19 pontos em 33 do mineiro na primeira fase. No total, em 42 fizemos 25.
O Galo, neste caso, teve dificuldades para enfrentar vários pequenos. Perdeu para os dois rebaixados e ficou atrás do Tupi na tabela de classificação. Perdeu pro Náutico, que não foi bem no Pernambucano e levou esta de 5x0 do Cruzeiro. A avaliação é de que o time anda mal das pernas. Pra finalizar, resta lembrar que esse time apanha muito em campo e a maioria dos jogadores só joga no chão! É incrivel ver como o Feltri, o Miranda, o Danilinho, o Márcio Araujo e os outros mediocres jogadores caem toda hora. Esse time não aguenta um jogo da SulAmericana.
O pior é que sabemos que nao vai mudar muita coisa. O Ziza mesmo reclama da dificuldade em se administrar um time como o Galo. Curioso é que ele não larga o osso.