terça-feira, 6 de maio de 2008






Ainda há tempo?

Como torcedor, vi as esperanças de um grande ano no centenário serem assassinadas em dezembro último, quando foi anunciado o comandante de nossa equipe. Essa visão foi então tomando forma a cada rodada, cada partida. Era claro que tudo estava errado. Por mais que alguns jogadores não servissem pro Atlético, estes seriam menos determinantes para o fracasso do primeiro semestre do que a escolha do comando.

A escolha foi tão fracassada que terminou a primeira competição sob um vexame estrondoso. Mas a incompetência na direção do clube queria se mostrar maior que o vexame. Manteve o treinador.

A primeira partida das quartas-de-final da segunda competição do semestre está diante de nós. Ainda há aqueles que esperam algo deste time, mal-treinado (treinado?) e sem preparo físico. Um time que joga mal toda a partida e só se salva com jogadas isoladas. Um time que – jogando desta forma – brigará sem dúvida alguma contra o rebaixamento. Só consigo me lembrar do que escrito está, segundo Dante, nas portas do Inferno:

“Vai-se por mim à cidade dolente,

Vai-se por mim à sempiterna dor,

Vai-se por mim entre a perdida gente.

Moveu justiça o meu alto feitor,

Fez-me a divina Potestade, mais

O supremo Saber e o primo Amor.

Antes de mim não foi criado mais

Nada senão eterno, e eterna eu duro.

Deixai toda esperança, ó vós que entrais”.

Talvez isso tenha passado despercebido na entrada de 2008. Mas parece que o presidente é cego. Isso me lembra São Mateus: “Se um cego conduzir outro cego, ambos cairão no buraco”.

Continuo dizendo o que disse no começo do ano: tomara que eu esteja errado! Mas, até agora, eu e os demais “corneteiros” estivemos mais próximos do que aconteceria. Podem até dizer que é fácil utilizar uma das quatro primeiras trombetas do Apocalipse. Mas, quando se vê aberto o sétimo selo, qualquer dúvida é eliminada.

Que o futuro do Galo seja reescrito, por linhas certas ou tortas, mas que reescrevam. Porque este já é fúnebre. Que a torcida não siga o cego. Que exija mudança. Que faça algo. A terceira competição do ano começa neste final de semana. É ridículo esperar mais pra que se faça algo antes que entremos na areia movediça. Quando lá estivermos, as mudanças só nos farão afundar mais, como em 2005.

2 comentários:

Unknown disse...

Concordo Plenamente com o que vc escreveu...Precisamos de mudanças já..Pq se nao o nosso centenario será vergonhoso...

Casa do Baile disse...

Rafael,
já entro na disputa da Copa do Brasil derrotado pela permanência desse infame e burro comandante.
Queria eu fazer greve de fome, mas todos me chamaram louco, só deixei a barba crescer com a promessa de só tirar quando o referido gordo estiver bem longe daqui.
Mas isso é pouco... Assinei o texto do Oswaldinho, mas isso vai nos tirar dessa? Me dá um desespero e acho que se, mesmo por milagre, passarmos do Alvinegro fake, ali à frente teremos que colher o que estamos plantando. Pois não se planta batatas e colhe abacaxi.
Saudações Atleticanas, neste ano de 2008 que se iguala ao ano mais triste da minha vida, o ano de 2005. Parabéns Ziza.